A Esplanada semivazia no sábado à tarde.
Um cartaz verde-amarelo pedindo intervenção militar podia ser visto antes do começo do gramado do Congresso Nacional, voltado para o Itamaraty.
Aparece uma senhora me perguntando sobre se ali haveria um protesto hoje. Poucos carros, poucos ônibus, poucas pessoas. A praça da república sem os frequentadores habituais das batalhas e do skate. As nuvens eram lilases e tinha aquele clarão amarelo que sempre se vê na direção da Torre. Não se pode esquecer como a arte e os elementos da natureza se enamoram no Monumento. Danem-se os palácios. Eles e a ideia intrínseca de poder que carregam não importam. A Catedral de Brasília importa. Di Cavalcanti importa. Aquilo como abóboda modernista e os vitrais importam. O badalar pontual dos sinos às 18 horas importa. Viver numa obra de arte importa.
Brasília-DF, 27 de maio de 2018.

